Aprendiz de mim...

caio... e levanto-me de novo... Volto a tropeçar...e deparo-me contigo de novo...realidade! Depois volto para aqui ...mundo dos sonhos!

Monday, April 30, 2007

Em quatro cantos me escondo
De ti, de mim!
De quatro cantos faço girar
Redondo o meu mundo
em quatro cantos
se transforma o meu coração!
Em quatro cantos só ... só sou!
Em quatro cantos, onde estou?
Em quatro cantos
Quatro caras tuas vejo
Aqueles em que se transformam
Meus pensamentos...meus desejos!
Faço da minha esperança
A faca com que cravo os quatro
Quatro cantos...que dão forma ao meu coração
Guardo-te dentro dos quatro cantos
Que cantos adormeçem, sem som
Sem alma...
dentro dos quatro cantos
onde me escondo, onde estou?!
Aqui...só eu


"As coisas vulgares que há na vida
Não deixam saudades
Só as lembranças que doem
Ou fazem sorrir
Há gente que fica na história
da história da gente
e outras de quem nem o nome
lembramos ouvir
São emoções que dão vida
à saudade que trago
Aquelas que tive contigo
e acabei por perder
Há dias que marcam a alma
e a vida da gente
e aquele em que tu me deixaste
não posso esquecer
A chuva molhava-me o rosto
Gelado e cansado
As ruas que a cidade tinha
Já eu percorrera
Ai... meu choro de moça perdida
gritava à cidade
que o fogo do amor sob chuva
há instantes morrera
A chuva ouviu e calou
meu segredo à cidade
E eis que ela bate no vidro
Trazendo a saudade"

Sunday, April 01, 2007


Lembro

Lembro-me da tua mão passar-me no rosto,
Lembro-me do teu cheiro:
Era uma mistura de lavanda
Com naftalina pura, em bolas do armário com 40 anos!

Lembro-me do teu abraço,
Quando me aqueçias os pés frios,
Frios por ter ido dormir contigo
Por ter atravessado o chão que até era alcatifado,
Para ir dormir contigo...

Lembro-me de áspero ser o teu cabelo,
Por usares das "lacas" mais baratas...
Lembro-te de preto, por não o teres arrancado da tua vida
Por tê-lo sempre no coração!

Lembro-te como eterna és,
Por não te esqueçer e seres eterna!
Lembro-te como doce
E aqui ficaste minha querida, doce recordação!

Faço de ti o que lembro de nós!
Faço de ti o que me deste, e aqui ficou!
Lembro-me de ti, como se uma mentira fosses
...neste dia, dos que mentem!
Dia das mentiras, e que verdades só revelou

A verdade é que, neste dia foi que nasceste, há tempos!
A verdade é que dias antes, e passados anos, diante de nós desapareceste!
A verdade é: que neste dia, te lembro de verdade!
Te choro de verdade, te quero bem ...de verdade!




Vento


Sentada em dia quente
Por cima de mais um monte de areia…
Esta finíssima, que voa quando passas…
Observo-te…

Olho para ti,
A brincar com tudo o que, à frente te aparece…
A oferecer tudo aos que passam
E sempre, sempre
O protagonista da minha paisagem

Vejo a tua agitação que me acalma…
Oiço o teu canto barulhento que me adormece,
O teu cheiro emana a vida
A tua cor, faz da minha
Uma vida mais colorida!

Embalas o meu corpo com as tuas corridas e trambolhões
Convences-me a ficar…para te ouvir segredar no meu ouvido!

Deixas que te respire como ninguém o faz,
Ofereces os teu corpo para me tocares em todas as vértebras,
E fazeres nascer cá de dentro, um arrepio quente por te sentir frio!
Respiro-te…
Aqui, sentada em dia quente…sobre um monte de areia.