Aprendiz de mim...

caio... e levanto-me de novo... Volto a tropeçar...e deparo-me contigo de novo...realidade! Depois volto para aqui ...mundo dos sonhos!

Monday, June 19, 2006


respiro fundo....
tento encontrar-te em todo lado...
suspiro de novo....
procuro-te outra vez....

saboreio-te como um doce e eterno chocolate....
derretes na minha boca e no meu coração....
e novamente desapareces do meu pensamento...
como as lágrimas que secam na minha cara!

foges de mim... como a areia que escorrega das minhas mão!
Dou o último trago da tua alma...e não sinto o teu sabor!
Tento esqueçer-te...voltando sempre a lembrar-te!
SEMPRE foi a palavra que mais usavas para nós...sempre a caminhar-mos juntos!

Sinto os joelhos tremerem por saber que tenho que caminhar...
sem ver a tua sombra...
...sem sentir a tua respiração junta com a minha....
sem te ter aqui a meu lado...

volto a respirar... e não te oiço...
Seja qual for a estrada por onde caminhas...
Espero que tenhas uma viagem calma e cheia de suspiros bons!

Olho para trás e vejo um lindo jardim... florido...
... ajudaste-me a construi-lo, a dar-lhe cor...
Deixo-o para mais alguém o florir...
Para frente olho agora....
E assim percebo..."que lindo horizonte para descobrir...".
Bem hajas...
nem que seja só, para ofegantemente te recordar!


" Era de manhã e o sol brilhava sobre as ondas de um mar calmo.
A dois quilómetros da costa, um barco de pesca pairava sobre a água e as palavras pequeno-almoço relampejaram pelo ar; até que um bando de gaivotas apareceu a disputar pedaçinhos de comida. Era o começo de um dia movimentado. Mas lá longe, para lá do barco e da costa, Fernão Capelo Gaivota treinava. A trinta metros de altura, baixou as suas patas com membranas, ergueu o bico e tentoua todo o custo, com a força das asas, aguentar uma contorsão dificil a dolorosa. Isso queria dizer que deveria voar devagar, e então abrandou até sentir o vento passar pelo seu corpo como um sussuro, até sentir o oceano por debaixo de si. Franziu os olhos, em intensa concentração, susteve a respiração e forçou um... só mais...um centímetro... de... curva. Então as pernas ruflaram, ele desequilibrou-se e caiu. "

in Fernão Capelo Gaivota, RICHARD BACH